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27/07/2015

Resenha: Prometo Falhar, de Pedro Chagas Freitas


Título do livro: Prometo falhar
Autor(a): Pedro Chagas Feitas
Editora: Novo Conceito
Ano: 2015



O tipo de livro que te fará querer arrancar página por página...

     A primeira coisa que você deve saber antes de ler esta resenha, é que este livro se tornou um dos meus favoritos de todos os tempos. Então, sim, talvez eu seja parcial para falar sobre ele... Mas, caso você queira saber o que me deixou assim, continue lendo.

     Quando recebi o meu exemplar deste livro, eu sabia apenas que o autor estava fazendo muito sucesso em Portugal. Fui vencida mais pela vaga curiosidade  geral do que por uma vontade genuína pelo conteúdo. Logo, eu não tinha muitas expectativas ao abrir o livro. Mas eu o abri. E li a primeira página, como se é esperado. Pronto. Foi isso o que custou para eu perceber o valor do que eu tinha em mãos. Uma página e já não havia volta no meu caso de amor intenso com Prometo Falhar.

     A escrita de Pedro Chagas Freitas impressiona com sua sensibilidade de poetizar a realidade de uma forma ao mesmo tempo encantada e sincera. A experiência de ler este livro é quase sublime e totalmente apaixonante.

     Para exemplificar: Você já leu Extremamente Alto & Incrivelmente Perto, de Jonathan Safran Foer? Sabe aquela escrita que ele utiliza, que é pura poesia? Pois bem, o Pedro consegue ainda se sobressair nesse quesito, quando comparado a Foer (e é digno de nota que este comentário vem de alguém que sofreu de um caso particularmente sério de ressaca literária após "Extremamente Alto...", justamente porque achou que nunca mais encontraria um autor com escrita tão incrivelmente delicada e emocionante).

     Agora, vocês me perguntam sobre o que é o livro. Se você busca uma resposta objetiva, o livro é sobre crônicas de assuntos variados. Mas, se me permite dizer a verdade, o livro é sobre tudo, sobre a vida. Esta pode ser a melhor parte, na verdade, porque dessa forma você está fadado a se identificar em vários momentos. Em diversas histórias sobre amor, perda, família, inocência e amizade, o autor capta a essência da simplicidade mágica das coisas, transpondo-as para o papel de maneira a conseguir arrancar lágrimas, sorrisos e arrepios dos leitores.


     Outro ponto positivo, é que a ausência de títulos para iniciar cada uma das crônicas, cria um efeito "colcha de retalhos", onde você vê vários momentos importantes interligados um com o outro. É como ler entradas de um diário, ou como a transcrição de diversas conversas que temos com nossos amigos, parceiros, família... Não é cheio de metáforas e arabescos, é naturalmente belo.

     A edição é super simples, mas grandes floreios não fazem nenhuma falta, visto a qualidade dos textos apresentados. Além disso, gostei do cuidado da edição (embora não conste o nome de quem editou) de adaptar algumas expressões ou explicar quando há gírias portuguesas. 

Avaliação

     Não, o título não era brincadeira—eu realmente considerei comprar outra edição do livro apenas para marcar meus trechos favoritos com marca-texto colorido, arrancar as folhas, página por página, e transformá-las em meu novo papel de parede. Porque isto foi quão bom eu achei o livro, mesmo. Portanto, recomendo entusiasticamente. Você realmente precisa lê-lo para conferir com seus próprios olhos e coração a genialidade por trás da escrita do autor; você não se arrependerá.




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