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19/01/2015

Resenha: Illuminated, de Erica Orloff

Some loves are not made to last... Like Romeo and Juliet, Heloise and Abelard were doomed from the start, and their romance was destined to pass into history. Yet when sixteen-year-old Callie Martin discovers a diary hidden within an antique book, their story—and hers—takes on another life. For the diary leads Callie to the brilliant and handsome August, who is just as mysterious as the secret the diary hides. Their attraction is undeniable. As the two hunt down the truth behind the diary—and that of Heloise and Abelard’s ancient romance—their romance becomes all-consuming. But Callie knows it can’t last... love never does. Will their love that burns as bright as a shooting star flame out, or will these star-crossed lovers be able to defy history?

Título do livro: Illuminated
Autor(a): Erica Orloff
Ano: 2011
Comprar: Amazon (Kindle, EN)

Desenvolvimento instigante, final decepcionante

     Sinceramente, não me lembro como cheguei a este livro. O que sei é que por algum motivo comprei a edição física, alguns anos atrás. Também lembro que tentei lê-lo em 2012, mas o vocabulário era difícil e eu ainda não estava acostumada a ler em inglês, então acabei desistindo. Agora, totalmente acostumada a ler no idioma, decidi desencalhá-lo de uma vez, já que a capa atrativa e a sinopse interessante já tinham me deixado curiosa há muito tempo.


Enredo

          Callie está passando o verão com seu tio Harry, que trabalha com leilões. Ele está encarregado de avaliar um manuscrito iluminado¹ levado por um herdeiro. Porém, analisando-o cuidadosamente, Harry desconfia que tenha um palimpsesto² em mãos (tipo de livro feito de um material que podia ser lavado e reutilizado).  

          Assim, ele vai procurar ajuda de seu antigo mentor, um professor que sofre de agorafobia e, portanto, não deixa sua casa há muito tempo. Neste encontro, Callie conhece August, filho do professor, e que ficará encarregado, juntamente com ela, de fazer pesquisas para descobrir quem foi o misterioso dono anterior do livro e qual é a verdadeira história que existe por baixo da história. 


Narrativa

          A narrativa é linear e em primeira pessoa, e assim, vamos descobrindo os fatos junto com Calliope. Apesar de ser uma história que envolve várias outras, a autora optou por não utilizar flashbacks. Ao invés disso, quando algo do passado precisa entrar na história, temos algum personagem contando-nos o fato. A desvantagem desse método, é que deixa a narrativa parcial, porque além de ser alguém contando a própria interpretação dos eventos, ainda estamos observando da perspectiva da Callie e como ela os recebe.

          Mesmo assim, a história flui muito bem e o mistério, embora não seja frenético, deixa aquele gosto de curiosidade que moverá o leitor. Eu, por exemplo, mesmo sem gostar de capítulos mais longos – como é o caso neste livro – fui virando as páginas naturalmente e cheguei ao fim bem antes do que eu imaginara.


Personagens

          Callie é apresentada como uma personagem bastante comum e mediana, mas à medida que a história se desenvolve, ela vai se tornando irritante, sem se importar com nada além de sua paixonite de verão. August, entretanto, é mais interessante. Ele é dedicado, bondoso, e por vezes um pouco esquisito, mas de uma maneira adorável que faz com que o leitor queira abraçá-lo.

          Harry me pareceu um pouco estereotipado, mas, de qualquer forma, ainda é o melhor personagem da história, sempre com seus planos mirabolantes e seu amor pela sobrinha. Gostaria de ter visto mais o marido dele, Gabe, mas infelizmente ele acaba sendo mais citado do que propriamente aparecendo em cena.

          Miriam é descrita como uma pessoa maravilhosa, por quem Callie sente um grande carinho desde o primeiro momento, mas apesar da história interessante, não é uma personagem tão memorável.


          Abelard e Heloise, as famosas lendas de Paris³, também tem suas histórias contadas no livro, mas pouco aparecem como personagens mesmo – ou seja, utilizados pela autora em um enredo próprio e não a já conhecida história. 

          Na verdade, acho que justamente por ter tantos personagens em uma história de duração tão curta, a autora não conseguiu se aprofundar o suficiente em nenhum dos enredos.


Temática/Romance

          No decorrer, a história chegou a me lembrar o livro Julieta, de Anne Fortier (skoob). Visto que ele é um dos meus favoritos, estava bastante empolgada. Porém, senti como se a autora tivesse se perdido perto do final. Todos os elementos estavam lá: a caçada, o mistério, a história antiga, os sonhos e fantasmas, diversos personagens interessantes... Ainda assim, o final foi solto, rápido e insatisfatório. Sabe aquele livro que você vai lendo com expectativa, mas percebe, tarde demais, que não há páginas o suficiente sobrando para que a história tenha o tipo de desfecho que você espera? É este o caso.

           O paralelo traçado entre todas as histórias de amor foi muito bom, admito. Gosto especialmente do fato de abordar os amores destrutivos, que estão no limite do conceito, uma vez que é mais prejudicial do que benéfico e causa mais dor do que felicidade. Porém, quanto mais a autora se focava nos romances, mais perdia no lado do suspense. Assim, a história que começa como um mistério, termina como um romance água-com-açúcar. 

          O romance que mais incomoda é entre os protagonistas. No começo, tudo vai ocorrendo naturalmente, em um ritmo satisfatório. De repente, porém, eles se tornam dois rebeldes que mal se conheceram, mas já não podem viver separados.



Edição

           A capa é linda e foi, provavelmente, o motivo pelo qual acabei comprando o livro. No interior, a edição também tem os detalhes de estrelinhas combinando com a capa – o que me surpreendeu positivamente, visto que a minha edição é paperback e geralmente estes são os mais simples.

           Se tratando de um paperback, temos também as típicas páginas com aparência de jornal, que costumam incomodar os leitores que já se acostumaram com a textura do papel padrão das edições nacionais. A capa também é frágil, como as nossas edições econômicas. Pessoalmente, nenhuma das duas coisas me incomodam, visto que eu tenho mais medo de 'quebrar' uma hardback e, portanto, dou preferência aos paperbacks mesmo. Mas, se você pretende comprar uma edição física, é bom ter essas coisas em mente na hora de escolher.



Citação
Algumas pessoas são como estrelas cadentes. Elas irrompem em nossas vidas em um arco espetacular, mas elas não se demoram muito. Elas apenas deixam rastros. (Tradução livre, p. 163 - REBLOGUE!)


Avaliação

             Leria outros livros da autora, visto que a escrita foi instigante, mas esse ficou em cima do muro. Se me pedissem uma opinião eu não conseguiria responder apenas um "recomendo" ou "não recomendo", teria que articular um pouco a respeito do livro. Além disso, por não ter um vocabulário tão fácil, também teria que tomar o cuidado de saber o nível da pessoa a quem indicar, para que a leitura não se tornasse massante e confusa. Ainda assim, talvez valha a leitura para tirar as suas próprias conclusões.


o livro será publicado no Brasil pelo Grupo Editorial Novo Conceito.
Então, acho que vale mais à pena esperar pela edição nacional
(mesmo que demore um pouco mais).

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